Reciclar Uma Alternativa Inteligente
A legislação brasileira ainda não possui um controle efetivo da destinação dos resíduos sólidos, como alguns países da Europa, mas determinados produtos já têm previsão de destino, como por exemplo, as pilhas e baterias esgotadas. A lei diz que os produtores devem assumir a responsabilidade de recolher esse material e dar destinação coerente, seja armazenagem em lixo tóxico ou reciclagem.
Existem iniciativas de pessoas, ONGs e empresas privadas numa mesma direção, que auxiliam na execução de projetos de reciclagem. Um deles é o Papa Pilhas do Banco Real, que mantém postos de coleta de pilhas e baterias esgotadas e cuida da reciclagem das mesmas.
Mas nem tudo pode ser reciclado e muitas coisas, apesar de possuírem processos possíveis, não o são por conta do alto custo da tecnologia envolvida. Em casos como esses é interessante observar formas de reutilização dos equipamentos, com outras destinações, para evitar o descarte do mesmo nos lixos. O reuso pode ser para uma destinação útil para você mesmo ou outras pessoas, como no caso das ONGs que montam equipamentos mais modestos à partir de doações de sucata eletrônica. Três ou mais computadores quebrados podem dar origem a um computador funcional dentro de um centro de inclusão social.
Doação e Inclusão Digital, de Mão Dadas com a Sabedoria
E para quem quer apenas se livrar do material, há também a chance de dar a ele um destino honroso, garantindo ainda uma consciência limpa, ecológica e socialmente falando. Existem entidades destinadas a reciclar computadores e impressoras velhos e repassá-los a pessoas carentes, gratuitamente ou cobrando um custo mínimo.
O CDI - Comitê para a Democratização da Informática, por exemplo, é uma organização não-governamental que recebe doações de máquinas velhas para montagem de escolas de informática em entidades de assistência a carentes. Segundo Gláucia Mota, coordenadora geral do comitê no Ceará, existem hoje no estado quinze funcionando, e quatro em fase de conclusão das instalações.
Já no Projeto Emaús, é possível doar computadores, impressoras e peças como discos rígidos e drives de CD-ROM velhos ou quebrados para que sejam reciclados e postos à venda por preços acessíveis à população de baixa renda. Jefferson Duarte, técnico que trabalha no conserto das máquinas e componentes recebidos pela entidade, assegura que os micros geralmente são vendidos por preços que variam de duzentos a 250 reais.
A maioria das máquinas recicladas pelos dois locais usa processadores 486 e discos rígidos com baixa capacidade de armazenamento, tidos como ultrapassados ou inúteis. Prova de que, doando ou vendendo, os usuários que quiserem se livrar dos dejetos eletrônicos podem fazê-los seguir um longo percurso antes que eles cheguem na rampa de lixo.
Seja Conciente Não Polua pois do mesmo jeita que você quer viver a natureza também quer .